Where he was born | Laura Fong Prosper 

Fronteras | Violeta Mora

Borderline | María Adela Díaz

Autorretrato de um potencial malgastado | Mia Anderson

La Casita Azul | Margarita Figueroa

Cuerpos Vivos | Andrea Arauz

Extraño | Gabriela Névoa

Artistas: Maria Adela Diaz (Guatemala), Margarita Figueroa (Guatemala), Gabriela Nóvoa (El Salvador), Honduras Mia Anderson (El Salvador), Andrea Arauz (El Salvador), Violeta Mora (Costa Rica), Laura Fong Prosper (Panamá)
Curadoria: Francela Carreira e Silvana Macedo
Abertura: 15 de outubro às 16h
Período:  15 a 22 de outubro de 2022 das 17h às 19h

FRONTEIRAS

Mostra de vídeo de mulheres artistas centro-americanas
A exposição coletiva Fronteiras reuniu sete mulheres artistas contemporâneas da América Central: Maria Adela Diaz, Margarita Figueroa, Gabriela Novoa, Mia Anderson, Andrea Arauz, Laura Fong Prosper e Violeta Mora. Seus trabalhos entrelaçam relatos pessoais com urgentes temas sociais como migração, isolamento pandêmico, assédio sexual no trabalho e violência doméstica. As artistas também revelam suas dinâmicas emocionais, identidades de gênero e classe, e outras experiências que vivenciam a partir dos seus contextos geopolíticos.
A mostra de vídeos propõe um recorte de narrativas visuais das fronteiras que cada uma atravessa. Afinal, quais seriam essas fronteiras? As fronteiras não só delimitam bordas entre um país e outro, mas também delimitam identidades, ideologias, sonhos e vivências. Cada uma de nós estabelecemos fronteiras, imaginárias ou não, sobre situações, fazemos escolhas e colocamos limites até onde permitimos aos outros tocar nossos corpos, nossas vidas. As fronteiras parecem determinar quem somos, como vamos atuar e de que forma somos percebidas pelo outro. Será o lugar onde nos situamos um fator determinante de nossa identidade? 
Nesta mostra podemos perceber que diante das reflexões das artistas, nossa identidade sempre vem acompanhada pelos nossos ancestrais. Nossa identidade é também formada pelas lutas do cotidiano, moldada nos enfrentamentos diários contra o machismo e outras formas de opressão. É composta a partir de experiências culturais, sociais, históricas e econômicas do país onde nascemos. Cada fronteira é permeável e também mutável, e assim vamos construindo nossas subjetividades, em movimentos constantes de dentro para fora e de fora para dentro.
"Las fronteras están diseñadas para definir los lugares que son seguros y los que no lo son, para distinguir el us (nosotros) del them (ellos). Una frontera es una línea divisoria, una fina raya a lo largo de un borde empinado. Un territorio fronterizo es un lugar vago e indefinido creado por el residuo emocional de un límite antinatural" Gloria Anzaldua.
Maria Adela Diaz (Guatemala) @maria_adela_diaz
Diretora de arte e artista visual, com uma vasta carreira no campo artístico. Sua produção é representada pelo uso do próprio corpo. Seu corpo como uma tela para expressar seus protestos sobre situações discriminatórias e migratórias políticas, patriarcais e filosóficas. Na sua corporalidade, que é onde vive o limite do visível e do invisível, explorando o sentido dentro dos limites da presença e ausência da mulher em nossa sociedade contemporânea. Há sempre uma luta constante demonstrada em seu trabalho, o que representa uma batalha autobiográfica e espiritual, onde ele tenta definir e redefinir os limites de sua força e fraqueza corporal. Enquanto artista, o diálogo do seu corpo abre a procura de encontrar aquele lugar onde o simulacro, o metafórico e o físico se entrelaçam.
Duração: 1:55 minutos
Sinopses: Borderline é uma mirada na realidade de milhares de pessoas que no desespero de sair do país que habitam acodem a situações de alto risco para atravessar fronteiras, neste caso, a artista coloca seu corpo como declaração viva do que os imigrantes vivenciam para tentar uma nova vida. No vídeo se documenta como a artista se acomoda dentro do  interior de uma caixa de madeira revestida para empreender uma viagem mar adentro, com a intenção de evidenciar a tortuosa passagem dos indocumentados para chegar aos Estados Unidos. 
Duração: 3:35 minutos
Sinopses: Caída Libre é um vídeo-performance onde um grupo de imigrantes latinos colocam asas fictícias para encenar o voo de um pássaro. Como o mito de Ícaro, os imigrantes tentam construir asas para voar alto, mas por mais que tentem as asas não cumprem sua função e eles voltam no chão. Uma reflexão sobre o cotidiano dos indocumentados, que logo de atravessar a fronteiras procuram uma e outra vez uma vida estável, uma vida que não conseguiram nos países dos quais fugiram.  
Margarita Figueroa (Guatemala) @margarita_comolaflor
Artista visual guatemalteca. Seu trabalho trata principalmente de temas como habitação, sexo e despedidas e inclui meios tradicionais como a impressão e pintura para instalação, performance, GIF, texto, etc. Ela tem participado de  mais de 15 exposições coletivas desde 2016 nos países Guatemala, San Salvador, San José e Dallas e em alguns festivais de performance. Em julho de 2021 participou da residência "Diálogos en el Espacio" no Centro Cultural de España na Guatemala e este ano no âmbito do 2º Laboratório de Creación Cinematográfica por y para Mujeres onde realizou seu primeiro curta-metragem: "La Casita Azul" baseado na história de um amigo. Sua primeira exposição individual foi em 2021. Em 2020 ilustrou para a Agência Ocote o segmento "Desaparecidas" da Estación del Silencio. Em 2017 recebeu o Prêmio Único Rodolfo Molina do Museu de Arte Contemporânea de El Salvador. 
Duração: 9 minutos
Sinopses: Ao chegar em um hotel na Cidade da Guatemala, Tita enfrentará a memória de sua estadia anterior, uma viagem que prometia novidade e conforto em um albergue em algum lugar isolado e tranquilo, mas ao invés disso ela encontra um ambiente de trabalho inseguro e instável graças ao proprietário do lugar. Inspirado por uma história verdadeira, infelizmente mais de uma de nós se identificará com sua situação.
Gabriela Novoa (El Salvador) @gabrielanovoa_
Cineasta, performer e artista visual. Formada em Licenciatura em Artes Plásticas pela Faculdade El Salvador (2016), possui diploma em direitos sexuais e de reprodução do Coletivo Ixchel no mesmo ano. Participou da Residência Arte e Identidade por Nerea Ubieto e Olalla Gomez no Laberinth Project (2017) e na residência artística sobre gênero Rapaces com Patrícia Belli (2018). Participou do curso Corpo e Ação, por Regina Galindo no FUNBA (2020). O trabalho da artista aborda temas sobre a construção de gênero e sexualidade por meio de várias linguagens que transitam entre vídeo performance, bordado, instalação e colagem. 
Duração: 5 minutos
Sinopse: “Estranho” é um retrato de nostalgia, de liberdade durante o confinamento, onde as lembranças se tornam os pilares que nos mantêm a flutuar durante a crise de saúde.
Mia Anderson (Honduras) @miaandersong
Natural de La Ceiba, Honduras. Estudo ciências de cinema, teatro e mídias de comunicação na faculdade de Áustria, Viena. Cursou o mestrado em cinema alternativo no EICTV em San Antonio de los Baños, Cuba. Finalizou seus estudos em direção e ficção em EICTV no 2022. Atualmente mora em Lá Ceiba, Honduras.
Autorretrato de um potencial malgastado https://vimeo.com/411194211#_=_
Duração 5:41 minutos
Sinopses: "Inconcebível", é o auto-retrato de Emília Ánderson, uma jovem hondurenha com ilusões de voltar ao seu país para fazer filmes, apesar do fato de que as pessoas ao seu redor a aconselham a investir seu talento em um país desenvolvido. Emília, com sua própria voz-off e uma colagem de imagens paradas e em câmera lenta, narra a busca de uma identidade cultural estética em um lugar que historicamente têm sido condenados a se definir através do olhar de outsider.
Andrea Arauz (Honduras) @andrea_arauz93
Cineasta centro-americana. Residente em Honduras. Mestranda em Cinema Documentário pela Escola de Cinema de Barcelona (ECIB). Produtora Executiva do Estúdio Aurora. Em 2016, ela fez o Workshop de Estrutura e Ritmo na Escola Internacional de Cinema e TV de Cuba. Seus trabalhos anteriores como diretora e produtora incluem: "Cuerpos Vivos" (2022, Honduras), "Despertar" (2020, Honduras), "Pastel de Cumpleaños" (2020, Costa Rica / Honduras), "Privados de Libertad" (2015, Honduras). Como editor, destacam-se os seguintes trabalhos: "Cuerpos Vivos", realizado no âmbito do 2º Laboratório de Criação Cinematográfica por e para Mulheres da Muestra de Cine Hecho por Mujeres en Guatemala. Apoiado pela AGACINE, Agência Ocote e o Centro Cultural Espanhol na Guatemala. Desde 2021, ela faz parte da equipe de coordenação da Coletiva de Cineastas Hondureñas. Em nome da CCH, ela foi a diretora do projeto "Transformando Imaginarios", financiado pela Spotlight Initiative em Honduras. Em 2021 ela foi a primeira documentarista hondurenha a ganhar a bolsa do Programa Logan Nonfiction nos EUA com seu primeiro documentário de longa-metragem "Los Silencios de una Revolución", que está atualmente em desenvolvimento. Ela também é membro da Brown Girls Doc Mafia e do coletivo de mulheres cineastas da Guatemala.
Duração: 17 minutos
Sinopses: Este curta documental experimental procura, através da sensorialidade de imagens e sons, reivindicar o fortalecimento do corpo feminino e destacar os estereótipos prejudiciais aos quais as meninas, mulheres jovens e mulheres em Honduras estão expostas. Ao mesmo tempo, procura tornar visíveis as altas estatísticas de violência que afetam o país e a falta de proteção por parte das instituições governamentais.
Laura Fong Prosper (Panamá) @laurafongprosper 
(1978) artista visual panamenha, editora de filmes e VJ. Formada em edição de filmes na Escuela Internacional de Cine y Televisión de San Antonio de los Baños, em Cuba (EICTV) (2003). Obteve seu MFA em Arte Nova Mídia na Universidade Bauhaus em Weimar, Alemanha (2013). Fong participou de vários programas de intercâmbio na Kunsthochschule für Medien (KHM) em Colônia, Alemanha e na Universidade Tongji em Xangai, China (2014).
Where he was born https://vimeo.com/444821878
Duração: 30 minutos
Sinopses: Documentário íntimo sobre a busca das raízes e a descoberta de parentes perdidos na casa, perto de Zhongshan, China. 
Violeta Mora (Costa Rica / Honduras) @lilamora
(1990) Cineasta e artista visual. Licenciada em Direcção Documental pela Escuela Internacional de Cine y TV - EICTV em Cuba e em Comunicação pela Universidad Tecnológica Centroamericana em Honduras. Actualmente estuda em DocNomads, o Mestrado Erasmus Mundus em Produção de Filmes Documentários. Em 2022, participou como bolsista em desenvolvimento profissional no 67º Seminário Flaherty Film: Continents of Drifting Clouds e em 2020, fez parte do Programa Intensivo de Preservação do Património Audiovisual da Sociedade do Património Audiovisual. O seu trabalho tem sido exibido em diferentes festivais de cinema, museus e locais na América Central, no Caribe, Colômbia, México, Argentina, Uruguai, Brasil, Estados Unidos, Suíça, Espanha, Inglaterra e Sudeste Asiático.
Duração: 2 minutos
Sinopses: Ansiedade, pânico e paranóia dominam-nos quando estamos em contacto com a violência e o crime. Ir para a rua torna-se muito difícil... O que temos de fazer para fazer desaparecer estes sentimentos?
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