Foto: Divulgação Renan Marcondes


Artista: Renan Marcondes
Data: 01/10/2022
Odiar Artistas: ensaios 1, 2 e 3
A Villa Mandaçaia recebeu a exposição individual “Odiar Artistas: ensaios 1, 2 e 3” de Renan Marcondes, em exibição única no dia 1 de outubro de 2022. Os trabalhos são parte do projeto de pesquisa de pós-doutorado do artista, “Performar a contrapelo: sinais benjaminianos na arte da performance”, na Escola de Comunicações e Artes da USP.
Na série, Renan Marcondes repetidamente materializa em palavras e vê-las sumir, em diversos suportes, reflexões sobre o seu fazer artístico, as instituições que pertencem a este universo, assim como o próprio sistema que abriga a produção de arte. ‘Odiar os artistas: ensaio 1’ é o primeiro experimento, onde o artista é impactado por uma narração de uma declaração de artista e escreve como um eco o que lhe reverbera na tela
de um computador e continuamente apaga as construções de palavras. Em ‘Odiar os artistas: ensaio 2’, Renan Marcondes, munido de borracha e band-aids, apaga um grande texto das paredes brancas de um museu. Sua ação, repetitiva e exaustiva, parece tentar corrigir um problema ou preparar o espaço para uma próxima pessoa. Enquanto a ação se desenrola, ouve-se um texto que se assemelha ao conteúdo que está sendo apagado das paredes. Na terceira obra da série, ‘Odias os artistas: ensaio 3’, que estreou na exposição na Villa Mandaçaia, enquanto uma narração fala sobre esse lugar que obriga o artista a ficar em uma relação suspensa com ser odiado e, simultaneamente, odiar, Marcondes segura nas mãos as letras da palavra ‘odiar’ em gelo e a vê derreter, pouco a pouco, diante de nossos olhos.
As performances, que são rastro e resposta do que o artista ouve, traz a reflexão: como produzir arte sabendo que artistas tanto são odiados como também odeiam? O artista recebeu convidados na exposição em 01 de outubro das 16h às 19h, na Villa Mandaçaia, na rua Mateus Grou, 634, Pinheiros, São Paulo.
Renan Marcondes é artista e pesquisador representado pela OMA Galeria. Doutorando em Artes Cênicas pela USP, com passagem pela Justus Liebig Universität Giessen. Pesquisa sobre procedimentos de desaparecimento do corpo na arte contemporânea. Já foi contemplado com premiações e comissões diversas, das quais se destacam: Festival Cultura Inglesa (2020), Prêmio de criação em residência para jovens coreógrafos no MIS-SP (2018), Temporada de Projetos do Paço das Artes (2017) e Premio do setor de performance da sp-arte (2015). Suas exposições individuais mais recentes incluem: Ensaio para uma cidadania mundana (Casa de Cultura do Parque, 2021), Fundo Falso (Instituto Adelina, 2018) e Como se a paixão fosse uma grande esponja molhada (OMA Galeria, 2021).
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